Numa sessão em que prevaleceu discursos inflamados, por parte da oposição e da bancada governista, tendo como tema o Caso Jampa Digital, o temperamental deputado Tião Gomes (PSL) não fez por menos: ao defender o governador Ricardo Coutinho, partiu para o ataque e ameaçou abordar denúncias relativas à atuação do colega Anísio Maia (PT) e até da campanha do ex-governador José Maranhão (PMDB) como reação à ofensiva dos colegas oposicionistas.
– O governo de Ricardo Coutinho é diferente e incomoda. Votei em Maranhão na campanha passada e no segundo turno votei em Ricardo Coutinho. As contas de campanha do PSB foram aprovadas e as do PMDB ainda não sabemos que fim tiveram – destacou Tião Gomes, para em seguida destilar os ataques focados em deputados da bancada de oposição.
Sem meias palavras, sugeriu se falar “sobre peixe e colônias de peixe que Anísio Maia conhece tão bem”, para pontuar em seguida: “Se for para atacar, nós também atacamos”.
– Queremos respeito porque Anísio faltou com a verdade quando disse que a PF não pode indiciar Ricardo Coutinho. A PF pode indiciar até a presidente da República. A PF não indiciou Ricardo porque não podia. Anísio disse uma mentira. A PF não indiciou porque não encontrou uma linha contra o governador. Nem o governador e nem o vice cometeram qualquer irregularidade. Temos um governador sério, trabalhador e que está mudando a Paraíba e incomodando muita gente que não aceita que um pé rapado que não era nada seja governador e faça o que está fazendo. Vou voltar no grande expediente e falarei mais sobre o assunto. Por que Luciano Agra não foi citado? Não quero pré-julgar Agra da mesma forma que vocês não podem pré-julgar Ricardo ou Rômulo. O que precisa ser dito é que apenas 8% dos inquéritos da PF têm prosseguimento.
Dando sequência ao trabalho de defesa do governo, o líder Hervázio Bezerra (PSDB) fez uso de um recurso extra: exibiu um vídeo amplamente divulgado nos sites nacionais, no qual pôde ser visto o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), se recusando a cumprimentar a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), durante a recepção, ontem, ao Papa Francisco.
Para Hervázio Bezerra, não existe outra leitura: a mídia nacional estaria determinada a atacar os adversários da petista. “A
A Istoé centrou fogo no PSDB e atingiu até a honra do saudoso Mário Covas. A Folha de S. Paulo atacou diretamente o PSB, Ricardo Coutinho e o presidenciável Eduardo Campos. Sabemos que isso não é mera coincidência. Queremos o bom debate. Essa estória nasceu quando Aguinaldo Ribeiro assumiu o Ministério das Cidades. Foram matérias atingindo a honra dele. Tivemos no Fantástico uma das matérias mais longas daquele programa.
Segundo revelou Hervázio, ontem à noite ele quase não dormiu lendo o relatório da Polícia Federal. “Não vi absolutamente nada minimamente que possa lançar qualquer suspeita contra Ricardo Coutinho, mas vi no Jornal Nacional que o governador estava indiciado. Obviamente não está. A citação a Ricardo Coutinho é mínima. Travaremos um bom debate em nome da verdade. Esse tiro que tentam assacar contra o governador sairá pela culatra! Indiciado, na Paraíba, é igual a condenado. Uma pancada dessas no Jornal Nacional dói profundamente e quem quiser que atire a primeira pedra. O que se refere a Rômulo Gouveia é perfeitamente defensável. Ele apenas apresentou uma emenda de bancada’.
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