Tem que ter muito sangue frio para acompanhar as notícias que envolvem a comunidade LGBT. Como numa novela macabra, a cada capítulo uma nova morte violenta e sem explicação é noticiada.
Esta semana, mais dois nomes de jovens entram na lista dos assassinados. Samuel da Rocha, de 23 anos, natural de Criciúma, no Paraná, estava morando há 7 meses em São Paulo. Tinha saído recente do armário, estava vivendo seu primeiro relacionamento com um menino, tinha acabado de começar a cursar a faculdade de psicologia. Foi esfaqueado no banheiro do Terminal Jabaquara e morreu a caminho do hospital no sábado (13).
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Na cidade de Bayeux, na Paraíba, o corpo de Wanderson Silva, de 17 anos, foi encontrado na quarta (17) abandonado em um matagal, com um tiro na cabeça e marcas de espancamento. Ao lado do cadáver estava uma sacola plástica que continha o cabelo do estudante e o enchimento que ele usava nos seios. Nada foi levado de seus pertences pessoais.
Internautas paraibanos estão organizando um ato público no sábado (20), no Busto de Tamandaré, em memória de Wanderson e de João Antônio. Na sua página no Facebook, o professor Renan Palmeira, militante LGBT, falou em genocídio. “Cada um que se cala diante dessa triste realidade ajuda a manter esses índices. É preciso que a sociedade consciente se levante a favor da criminalização da homofobia, para que nossas escolas ensinem as crianças a entender e respeitar a diversidade. Não podemos mais viver esse genocídio.”
iG
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