O rompimento do diálogo com as Centrais e o desaparelhamento do meio sindical no governo da presidente Dilma Rousseff levaram à explosão das greves nos diversos setores do funcionalismo público federal. Trinta categorias do Executivo e servidores do Judiciário de pelo menos quatro estados cruzaram os braços para pressionar o Palácio do Planalto por reajustes.
Dilma, contudo, mantém-se impassível e dá sinais de que não cederá, preocupada com a crise econômica internacional. “Esse governo não é politiqueiro, não vai agir pensando apenas na base política e na sindical”, disse ao Correio um aliado da presidente.
O embate encerrou uma trégua que o Planalto tinha com as centrais sindicais, construída, sobretudo, ao longo do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Após o escândalo do mensalão, o ex-presidente reatou os laços com os sindicalistas, principalmente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que foi às ruas defendê-lo durante o episódio.
Lula chamou Luiz Marinho, ex-presidente da CUT e atual prefeito de São Bernardo, para assumir pastas na Esplanada — primeiro, o Ministério do Trabalho e, depois, o da Previdência.
Correio Braziliense
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