Vida longa e próspera”, dizia o personagem Spock, de Jornada nas Estrelas. No mundo real, algumas cidades podem atender esse desejo. Só é preciso ter bom acesso à educação, saúde, infraestrutura urbana, emprego e renda. Com base nestes itens, a vida em oito municípios paraibanos pode ser considerada próspera.
Em cinco deles, as oportunidades com as quais seus moradores se deparam lhes permitem, em maior ou menor medida, alcançar a vida que desejam. Têm prosperidade ‘muito alta’: Cabedelo, Campina Grande, João Pessoa, Patos e Várzea. Um degrau a menos (alta prosperidade) estão Boa Vista, Cajazeiras e São José do Sabugi. Nos outros 215, a vida segue com mais dificuldades.
Os dados são do Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios, do Ipea.
“Com o nível de desenvolvimento humano e o nível de vulnerabilidade social, consegue-se traçar o caminho da prosperidade. Consideramos que quanto maior for o desenvolvimento humano e menor a vulnerabilidade, o município está no topo da prosperidade”, ressaltou Bárbara Marguti, coordenadora de estudos em desenvolvimento do Ipea.
Úteis para pensar política
A prosperidade social é calculada a partir dos índices de Vulnerabilidade Social (IVS) e de Desenvolvimento Humano (IDHM). O IDHM leva em consideração sete indicadores em temas como a expectativa de vida, a educação, a renda média e per capita da população. Já o IVS é mais abrangente, com 16 indicadores, que medem a infraestrutura urbana, o capital humano e renda e trabalho.
A coordenadora de estudos em desenvolvimento do Ipea, Bárbara Marguti, explica que que os índices, especialmente o IVS, podem ser úteis aos municípios para o planejamento de políticas públicas.
“A partir do momento que se tem um estudo com 16 indicadores, pode-se ver qual o problema, localizar as áreas mais vulneráveis. Os municípios têm que buscar entrar na trajetória da prosperidade, ampliar desenvolvimento humano e reverter situações de vulnerabilidade social. Se têm deficiências devem olhar para esses indicadores e pensar maneiras de reverter essa situação”, recomendou a pesquisadora.
Júlio Silva /Correio da Paraiba
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