O Ministério da Saúde do Egito informou nesta segunda-feira (21) que os confrontos entre manifestantes e a polícia na praça Tahir, no Cairo, já deixaram 20 mortos, segundo informou a TV estatal egípcia, sem dar mais detalhes. A TV árabe “Al-Jazeera”, que também citou o ministério como fonte, disse que as 20 mortes ocorreram nos distúrbios no domingo e nesta segunda-feira. O balanço anterior indicava 12 mortes desde sábado.
A polícia egípcia entrou em confronto novamente nesta segunda-feira com manifestantes pró-democracia ao tentar desalojá-los da Praça Tahir, quando mantinham um protesto iniciado na semana passada pela transferência do poder dos militares para os civis, disseram testemunhas.
Um incêndio teve início num prédio nas imediações e os bombeiros tiveram dificuldades para resgatar moradores por causa da ação da polícia contra os manifestantes, o que irritou pedestres que passavam pela área. Alguns moradores do edifício tentavam escalá-lo para ajudar as pessoas que não conseguiam sair de lá.
A violência no Egito é a mais grave desde a derrubada do ex-ditador Hosni Mubarak, em fevereiro. As cenas dos protestos lembram os 18 dias de manifestações que levaram à queda de Mubarak depois de três décadas no poder.
Na Praça Tahrir, manifestantes gritavam frases hostis aos militares e pediam a queda do marechal Hussein Tantawi, que comanda o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que governa o país desde a queda de Mubarak.
A manifestação, iniciada há vários dias, tinha como objetivo pedir julgamento rápido de policiais e líderes responsáveis pela violência que causou a morte de 850 pessoas e deixou milhares de feridos durante os protestos de janeiro e fevereiro.
O Egito realizará em 28 de novembro as primeiras eleições parlamentares desde a destituição do regime de Mubarak.
G1
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