Militares da Argentina, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, França, Reino Unido, Peru, Suécia, Uruguai e Venezuela vão pensar, planejar e discutir missões como se estivessem em uma coalizão
A Base Aérea de Natal (RN) está sediando o maior exercício de guerra aérea simulada da América Latina, a Cruzex C2 2012. Até o próximo dia 16, Natal e Fortaleza (CE) servirão de arenas para aviões de combate, cercos, refugiados e até ameaça nuclear.
As ações serão simuladas e acontecerão só na tela do computador. O objetivo agora é focar o exercício no Comando e Controle, ou seja, treinar os comandantes nas tomadas de decisão necessárias em situações de conflito. Além dos brasileiros, militares da Argentina, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, França, Reino Unido, Peru, Suécia, Uruguai e Venezuela vão pensar, planejar e discutir missões como se estivessem em uma coalizão do modelo empregado Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em conflitos internacionais.
Canadá, Reino Unido e Suécia estarão no exercício pela primeira vez. “A Cruzex coloca o Brasil numa posição de liderança militar na América do Sul. Na prática, a vinda da forças aéreas estrangeiras é uma prova do profissionalismo observado desde as últimas edições da Cruzex. Além disso, é uma importante oportunidade de compartilhar conhecimentos entre os participantes”, afirma o major brigadeiro Antônio Carlos Egito, diretor do exercício.
Treinamento para comandantes
Esta é a sexta edição da Cruzex. Todas as edições anteriores tiveram participação de aeronaves brasileiras e estrangeiras. A previsão é de que posteriormente a FAB organize um outro exercício voltado para o treinamento dos pilotos, com a presença dos aviões de caça. A ideia é seguir o modelo empregado por outros países, como os Estados Unidos, que realiza a “Red Flag”, com aeronaves, e a “Blue Flag”, exclusivamente de Comando e Controle.
Como funciona
A Cruzex C2 2012 treina o uso de aeronaves em um conflito moderno, como aviões de caça, helicópteros e Veículos Aéreos Não-Tripulados. Pela primeira vez, o exercício inclui a simulação do uso de satélites. Durante o exercício, o planejamento e a execução das missões ocorrem com o apoio das informações enviadas por uma constelação simulada de satélites em órbitas que vão até os 36.000 km de altitude.
Fonte:
Ministério da Defesa
Cruzex
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