A delegada de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte acredita que, o assassinato do professor Walderi Carneiro Santos de 44 anos, no último sábado (9) em uma pousada no Centro de Campina Grande, foi motivado por homofobia.
Segundo a polícia, em entrevista coletiva nesta terça (12), dois adolescentes de 16 e 17 anos teriam entrado no quarto acompanhando o professor e mais duas pessoas, um adulto e outro menor de idade. Eles teriam passado a noite com o grupo que esteve num trailer de lanches no Bairro da Liberdade e depois em um bar próximo ao Açude Novo.
Os suspeitos já foram identificados, mas ainda não se apresentaram a polícia. Dois deles são irmãos e todos são jovens de classe média e moram no bairro Jardim Paulistano. Os pais dos suspeitos estão colaborando com as investigações, entretanto os jovens teriam fugido.
A delegada revelou detalhes sobre o crime. Ela afirmou que era de conhecimento do círculo social dele, o fato de ser homossexual. A forma como a vítima foi agredida e estrangulada até a morte fortalece a hipótese de que os assassinos teriam agido com algum tipo de preconceito.
Outra suspeita é de que os adolescentes tenham combinado algum valor com ele para fazer um ‘programa sexual’. O preço pode não ter sido pago, o que teria motivado a revolta dos rapazes contra o professor.
A perícia feita pela Unidade de Medicina Legal (UML) de Campina Grande, atestou que o professor também sofreu cortes pelo corpo, possivelmente provocados por golpes com latas de cerveja ‘rasgadas’.
De acordo com a delegada, os acusados, depois de matarem o professor, se encontraram com os outros dois rapazes que estavam com eles no bairro da Liberdade. Os quatro roubaram a chave da residência do professor, no bairro do Catolé, e foram até o local em um carro preto. O grupo tentou levar um computador, mas não conseguiu roubar o aparelho porque foi flagrado pela mãe da vítima.
A delegada Cassandra Duarte pediu que a população colabore com informações sobre o paradeiro das pessoas que acompanhavam Walderi na noite anterior à sua morte, durante a madrugada e na manhã em que ele se hospedou na pousada.
As informações anônimas podem ser fornecidas pelos telefones (83) 3310-9335 (Central de Polícia) ou o 190 (Polícia Militar).
Marília Domingues/Paraíba.com
Comentários