O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não comentar o pedido feito pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) para colher o depoimento do petista no inquérito que apura o envolvimento de políticos no esquema da Lava Jato.
Segundo o assessor do Instituto Lula, José Cipriniano, o ex-presidente vai aguardar uma notificação oficial para se posicionar a respeito do assunto. Lula está na Argentina, onde participou da agenda de campanha do candidato de Cristina Kirchner, e retorna ainda hoje ao Brasil.
Em documento entregue nesta quinta-feira (10) ao STF, o delegado Josélio Sousa, da Polícia Federal, considerou que Lula pode “ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na estatal”.
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Segundo informações de outro delator, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, o esquema foi “institucionalizado na Petrobras no ano de 2003” – portanto no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula.
Por não ocupar cargo público no momento, Lula não tem mais a prerrogativa de foro privilegiado. Assim, a solicitação poderia ter sido feita ao juiz federal Sergio Moro, que coordena os processos da Lava Jato na primeira instância, e não ao Supremo, conforme fez a Polícia Federal.
Ig
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