Os apenados da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega (presídio do Roger) na capital estão planejando rebelião conjunta com outros presídios de João Pessoa neste domingo (28).
Segundo informações de um apenado, o ‘movimento’ deve ser em conjunto com os outros presídios, pois eles temem que se fizerem sozinhos a tropa de choque pode entrar e ‘acabar com tudo’. Ele contou que as outras penitenciarias são solidárias.
De acordo com o preso, neste momento existe um grande tumulto no presídio e algumas pessoas desmaiaram em virtude da greve de fome que estão fazendo. Ele informou que não há atendimento médico dentro do presídio e que o SAMU não pode entrar para fazer o atendimento.
O apenado informou que duas pessoas foram baleadas no pé e que eles vem sendo ameaçados pelo diretor que, segundo o preso, diz que vai haver uma chacina no presídio igual a que houve no Carandiru. Ele afirmou que os presos estão sofrendo perseguição do novo diretor, o capitão de polícia, Sérgio Fonseca de Souza e que eles não entendem o motivo da sustituição.
De acordo com o preso, não tem energia elétrica na penitenciária e a água só é liberada duas vezes ao dia e a alimentação é precária. Ele explicou que a greve de fome é para reivindicar ressocialização.
O apenado ainda comentou que “o Código Internacional de Direitos Humanos, o Código de Genebra, está sendo quebrado”.
As famílias dos presos estão apreensivas, hoje seria o dia de visita, mas estão proibidas de entrar no presídio. “Estamos numa verdadeira fábrica de massacradores da sociedade humana”, disse o apenado.
Marília Domingues com Natália Melo
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